quinta-feira, 29 de março de 2007

Juro que é verdade!

Deus criou o Céu e a Terra. E Deus disse:

- Que cresça a erva e que a terra dê sementes, que das sementes cresçam árvores e dêem frutos.

E Deus povoou a terra com brócolis e couve-flor, milho e vegetais de todas as espécies, de forma que o Homem e a Mulher pudessem viver longas e saudáveis vidas.

Satanás então criou o Mc-Donald´s e a promoção de dois big Macs por R$5, e disse ao Homem:

- Queres a batata frita com que?

E o Homem disse:

- Pacote Mega, mostarda e catchup

E o Homem engordou cinco quilos.

E Deus criou o saudável iogurte (depois publico aqui a receita) para que a mulher pudesse manter sua forma esbelta de que o homem tanto gostava.

E Satanás criou o chocolate. E a mulher engordou mais cinco quilos.

Deus disse:

- Experimente minha salada!

E satanás criou o bacalhau com natas e mariscos. E a mulher engordou 10 quilos.

E Deus disse:

- Enviei-vos bons e saudáveis vegetais e o azeite para que possam cozinhar.

E Satanás inventou o óleo vegetal, a galinha frita, o peixe frito e o homem ganhou mais 10 quilos e os níveis de colesterol bateram no teto.

E Deus criou os sapatos de corrida, o homem perdeu aqueles quilos extras.

E satanás criou a televisão a cabo com controle remoto para que o homem não tivesse de se levantar para mudar de canal. E o homem ganhou mais 20 quilos.

E Deus disse:

- Estás a passar das marcas.

E Deus criou a batata, um vegetal naturalmente baixo em calorias e nutritivo. E Satanás tirou a saudável pele, cortou em palitos o miolo e fritou-as em óleo vegetal. E, com o resto do miolo, criou o purê de batatas com natas. E o homem agarrou no controle remoto e foi ver televisão, comeu as batatas fritas, o purê e outros pratos, aumentando ainda mais o colesterol. E satanás disse:

- Isto está bom.

E o homem teve um ataque cardíaco.

E Deus criou a intervenção cirúrgica cardíaca.

E Satanás criou o sistema de saúde brasileiro.

E Deus disse:

- Entrego os pontos, não tem jeito com esse diabo!

Você acreditou nessa estória? Pois trata-se do meu tradicional Primeiro de Abril! Afinal, podemos contar mentiras nesta data, não?

Feliz e Santa Páscoa para todos.

domingo, 25 de março de 2007

Carta pedindo emprego

Meus amigos e minhas amigas,
o mar não está pra peixe: no RJ até urubu voa de costas pra não levar bala perdida; SP está engarrafada ou inundada; BH tem o maio índice mundial de sinais de trânsito por metro linear de ruas e avenidas...
Pois então, o melhor é rir, não é? Foi o que fiz ao ler a carta abaixo:

Presado Cenhor,

Quero candidatarme pra o lugar de ceqretária que vi no jornau. Eu teclo muito de pressa con um dedo e fasso contas ben.

Axo que sou boa ao tefone em bora seija uma peçoa sem muito extudo.

O meu salario tá aberto há discução pra que o senhor possa ver o que mi pode pagar e o Cenhor axar qui eu meresso.

Pósso comessar imediatamente. Agradessida em avanso pela sua resposta.

Cinceramente,

Catia Vanessa Estrela

PS : Como o meu currico é muinto piqueno, abaicho tem 1 foto minha.



Resposta do Empregador:

Querida Catia Vanessa,

O emprego é seu. Nós temos correção automática no word. Compareça já amanhã.

domingo, 18 de março de 2007

História que meu pai contava

Meus amigos blogueiros,

Hoje volto a este cantinho a fim de contar para vocês mais um caso real, acontecido com meu avô materno Pedro Batista, que era sogro do meu papai e tio do Dr. Eliezer Batista – aquele da CVRD.
Aconteceu há muitos anos.
Leiam e comentem:

O TOURO REPRODUTOR

Faz tanto tempo! Talvez uns 100 anos. Meu avô tinha um touro. Sem a menor dúvida era o melhor da região, quiçá de Minas Gerais.
Pois bem, esse touro era seu único patrimônio.
Os fazendeiros criadores de gado descobriram que o tal touro do vovô Pedro era, realmente, o melhor animal reprodutor que já tinham visto e começaram a alugá-lo para cobrir suas vacas. Bastava colocar uma vaca perto dele e o bicho não perdoava! O vovô estava faturando alto, ganhando muuuuito dinheiro.
Os fazendeiros se reuniram e resolveram comprar o fabuloso touro. Chegaram à casa do vovô Pedro e falaram assim:
- Põe o preço no seu touro que nós vamos comprá-lo.
Aproveitando-se da situação, pediu um preço absurdo, uma verdadeira fortuna.
Os fazendeiros não aceitaram e foram se queixar com o prefeito. Este, sensibilizado, adquiriu o fenomenal touro com o dinheiro da Prefeitura, tudo dentro da lei. Pagou realmente uma fortuna e o registrou como patrimônio municipal. Os fazendeiros trouxeram suas vacas para o touro cobrir, tudo de graça!
Veio a primeira vaca, o touro deu uma cheirada e nada...
- Deve ser culpa da vaca, disse um fazendeiro, ela é muito magra!
Trouxeram outra vaca, uma holandesa, a mais bonita da região.
O touro cheirou a vaca e... nada!!!
O prefeito desesperado chamou o vovô e lhe perguntou o que estava acontecendo.
- Não sei, respondeu, ele nunca fez isso antes! Espere ai, vou conversar com o bicho.
Chegou junto ao touro e perguntou:
- O que há com você meu touro, não está a fim de trabalhar?
O touro, dando uma espreguiçada, respondeu:
- Não enche o saco, Sô Pedro, agora sou Funcionário Público. E caiu na gargalhada.
- Até tu, touro?

******

Historinha politicamente incorreta? Certamente...
Infelizmente, traduz o pensamento de grande parcela da população, que tacha de preguiçosos toda uma categoria, pelo erro de uns poucos.
Eu mesmo, Soié, fui durante 35 anos funcionário dos Correios, trabalhei muuuuito mesmo, carreguei peso, sacolas pesadas com centenas de cartas que eram distribuídas pelas casas da cidade.
Meu pai também foi funcionário exemplar do Judiciário mineiro, prestando excelentes serviços à sociedade, assim como meu filho Cláudio que é médico do Estado, e minha neta Ana Letícia, que ingressou há pouco no serviço público estadual em sua área de atuação, advocacia.
Até mesmo minha "eterna namorada" Aparecida foi funcionária pública dedicada e comprometida com o Tribunal de Justiça de Minas.
E digo mais, nunca, em minha existência, fui destratado por um funcionário público: sou atendido com extrema solicitude pelos funcionários do IPSEMG em Belo Horizonte e aqui em Nova Era todas as vezes que é preciso recorrer aos seus serviços.
Por isso, apóio todas as iniciativas do governo em punir os maus funcionários. Se eu fosse o prefeito da história que meu pai – ele mesmo, funcionário público! – contava, naquele mesmo dia os cidadãos seriam brindados com um delicioso churrasco!!!

Abraços, Ismael.

sábado, 10 de março de 2007

Os sapos e o sabiá

Minha saudosa mãe, Nhanhá, era mestra na arte de contar histórias. À noite, reunia os filhos e nos mantinha atentos a escutar casos como o que compartilho, hoje, com vocês. Acompanhem-me:

Há muitos e muitos anos, quando os bichos falavam, um bando de sapos vivia dentro de um poço muito fundo, sombrio e sujo. Lá se organizavam por hierarquia, força e poder. Os maiores eram os senhores. Estes mandavam e desmandavam. Aos menores restava obedecer. Se desobedecessem, eram punidos severamente, até com a perda da própria vida. Apesar de tanta tirania, havia sapos poetas, sapos mestres, sapos músicos que conseguiam burlar a censura e denunciar as injustiças com poemas e belas melodias.

Mas a vida continuava sofrida e cruel para a maioria.

Certo dia, um sabiá que voava tranqüilamente, pousou na beira do poço. Olhou para baixo e viu que era muito fundo. Pensou:

- Lá em baixo deve ter água muito limpa e clara, talvez um bom lugar para se fazer um ninho. Vou dar uma espiadinha. Teve, porém, uma grande surpresa ao ver tanto sapo naquele lugar imundo.

Entretanto, a inesperada aparição do sabiá foi recebida pelos sapos com curiosidade e admiração. Os sapos nunca tinham visto um ser estranho como aquele que pairava no ar, tornando-se para os sapos objeto de contemplação. O pássaro, por sua vez, constatou que os sapos viviam ali presos e ignoravam a beleza do mundo exterior. Pôs-se logo a falar do seu mundo:

- Lá fora é um lugar muito bonito. É maravilhoso o pôr-do-sol. É admirável o brilho da lua cheia. Há a beleza das flores coloridas e perfumadas, que dão sentido ao viver das abelhas produtoras de delicioso mel. O verde da natureza é algo indescritível, pois dá descanso e paz às criaturas.

Depois de falar bastante percebeu que não era compreendido. O sabiá bateu asas e partiu. Os sapos se puseram, então, a decifrar as palavras do estranho. Algum existencialista, com sua complicada teoria, refutava a possibilidade da existência de um mundo que sapos jamais vislumbraram. Poetas e sonhadores puseram-se a sonhar com aquele paraíso e compunham poemas e canções, fantasiando um mundo maravilhoso, onde reinaria a paz, a justiça, o belo e o bem.

Após a visita do sabiá, o mundo dos sapos já não era mais o mesmo. Surgiram os partidários pró e contra. A insegurança tomou conta dos poderosos. Havia sapo sonhando demais. Era preciso dar um fim àquele estranho que causava tantos males à sociedade.

Preparou-se uma armadilha e aguardaram.

Após certo tempo, o sabiá retornou e pôs-se a falar novamente sobre a beleza do mundo e a ensinar como seria possível alcança-lo, até que caiu sobre ele a armadilha. Preso, foi morto e empalhado para que todos pudessem vê-lo de perto. Foi posto num museu, tendo uma placa que dizia:

- Eis aquele que dizia blasfêmias, que nos incitava à loucura coletiva. Agora estamos salvos, pois não corremos o risco de acreditar naquilo que não vemos e não podemos comprovar.